sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Lidando melhor com o tempo

O tempo, medido em segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos, é uma grandeza inversamente proporcional, ou seja, quanto menos tempo, mais rápido as coisas acontecem, e quanto mais tempo, maior a demora.

O tempo então é usado para medir períodos e prazos, os quais temos dificuldade de conceber, e nos causa mal-estar saber quanto tempo "perdemos" e quanto tempo ainda nos "resta", sem que possamos fazer nada a respeito de sua passagem.

Já o inverso do tempo é a frequência, medida em Hz, que seria quantas vezes por segundo algo ocorre, uma medida que nos seria bem mais palpável e proveitosa para aproveitarmos nosso tempo.

É claro que não medimos a frequência de nossas atividades em períodos tão curtos como um segundo, normalmente pensamos em quantas vezes por semana realizamos uma atividade ou quantas vezes por ano algo costuma acontecer.

Cada vez por ano equivaleria à soma de aproximadamente 31,69 nHz (nanoHertz) à frequência de uma atividade ou acontecimento. Uma prática diária daria um total de 11,56 microHertz, ou seja, uma escala mil vezes maior de frequência. Talvez a melhor unidade de medida para a frequência das atividades humanas seja 1 vez/ano equivalente a aproximadamente 31,69 nHz.

É uma medida de dedicação, pois sabemos que a frequência suficiente é importante para nosso aprendizado, ou para qualquer treinamento físico ou dieta nutricional, bem como para aquisição de bons hábitos (seria necessária uma frequência inicial anual de 665,49 nHz para adquirir um hábito, de acordo com o livro "O Poder do Hábito").

Frequência também é a medida de assiduidade nas instituições de ensino e no trabalho, bem como uma medida do entusiasmo de alguém por um passatempo amador.

Sugiro então que, quando for planejar um projeto, em vez de se perguntar quanto tempo levará para ser concluído, tente pensar em termos de "em que frequência vou me dedicar a isso" e veja o que precisa ser feito em vez de quanto falta para alcançar o resultado.

A frequência de eventos também serviria como uma medida estatística, pois um governo poderia tentar reduzir a frequência anual de mortes violentas ou acidentais de sua população, ou uma empresa ou cooperativa poderia comparar sua produtividade com a frequência disponível de mão-de-obra contratada durante os períodos de expediente, talvez até remunerando por frequência de atividade em vez de jornada de trabalho, o que daria margem à flexibilidade de horário.

O relógio e o calendário continuam sendo úteis para marcar compromissos e datas históricas, mas não mais a duração de períodos, pois é mais importante agir do que esperar ou reclamar da demora ou do tempo perdido.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Algumas coisas que descobri sobre a metafísica desta Realidade

Quando concebi a ideia de que psicônomos a gerenciarem as mentalidades das pessoas, aplicando conhecimentos científicos das diversas linhas de psicologia conjugados a mitos que fizessem sentido às vidas das pessoas e a filosofias de vida que lhes dessem um propósito existencial, como uma nova versão dos sacerdotes religiosos - como os "coaches", por exemplo - , acabei me esquecendo que o mundo físico e suas leis materiais não são suficientes para explicarem conclusivamente nem o fenômeno da vida, nem o da consciência.

Por mais que nossos corpos orgânicos sejam o suporte para a manifestação de nossas mentes e influenciem nossos pensamentos, o simples fato de existirem pessoas que são capazes de sobrepujar seus instintos por decisões conscientes ou por estados alterados de consciência, indicam uma independência entre a consciência e a matéria que a abriga.

Seria o caso de tornar os psicônomos também "mediadores metafísicos" assim como os pregadores, reverendos, sacerdotes, médiuns, xamãs, benzedeiras, pajés, etc. Mediadores entre a vida material (tanto a pessoal quanto a pública) e a vida espiritual (da presença de espírito, da consciência própria, da mente tanto intelectual quanto emocional).

É possível perceber que as filosofias de vida mais exclusivamente materialistas e antimetafísicas (por exemplo, as niilistas, as existencialistas, as ateístas e as ideologias antiteístas como o comunismo) acabam sempre considerando a realidade material absurda e incapaz de conferir sentido existencial a si mesma. E todas elas levantam a hipótese do suicídio como solução a essa conclusão, ou de viver uma vida sem sentido, pois consideram TODA a espiritualidade humana como uma espécie de fuga para evitar enfrentar um mundo real que consideram absurdo e sem sentido. Pela lógica, "santidade" ou "fé" para eles deve ser coisa de otário ou de covarde.

Ao mesmo tempo, nas livrarias do mundo ocidental, publica-se cada vez mais livros sobre a "atenção plena" e seus benefícios para a saúde mental e até física, cheia de comprovações neurológicas (a tal "neurociência"), com todo cuidado para evitar chamá-la de meditação e para diferenciá-la do que sempre foi uma prática religiosa, ainda que recorram a comparações com o budismo por ser uma religião sem devoção a deuses, esquecendo de dizer que o budismo veio do hinduísmo, que também medita, mas cujo monoteísmo cultua milhares de divindades.

O que tenho descoberto é que as civilizações humanas sempre levantaram hipóteses sobre a consciência e buscaram comprová-las da melhor forma possível, chegando inclusive a desenvolver "tecnologias da consciência" que, sob o atual paradigma cientificista (exclusivamente materialista e antimetafísico) que só considera os estímulos sensoriais mensuráveis e suas conclusões lógicas como fontes de conhecimento e que considera TODO testemunho pessoal como indigno de confiança, sempre serão consideradas pseudocientíficas, não merecendo nem mesmo pesquisas que tentem refutá-las, ainda que cada vez mais pessoas as comprovem por experiência própria e passem então a duvidar de suas sanidades devido ao discurso hegemônico da "ciência médica psiquiátrica".

Há uma guerra pelas almas ("psiquês") vivas sendo travada por psicônomos de diferentes facções (ideológicas, religiosas, científicas "neutras"). Há armas psicológicas (midiáticas, culturais, comportamentais), químicas (remédios psiquiátricos, dietas psicoativas, intoxicação voluntária), físicas (arquitetônicas, vestuário, máquinas). A humanidade se torna artificial (antinatureza), perversa e se desintegra, cada vez mais inconsciente de seu potencial divino e incapacitada de concretizar um paraíso terrestre. O FUTURO NOS É PROIBIDO (a não ser que vençamos nossas reações destrutivas e o inferno em que vivemos em cativeiro).